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Isaac Diaz Pardo, Chairego do Ano

jueves, 12 de noviembre de 2009
Isaac Diaz Pardo, Chairego do Ano Foi nomeado assim pela Associação “Xermolos” que realiza uma intensa actividade cultural na Comarca da Terra Chá de Lugo.

Uma homenagem mais para o bem-querido Isaac. Como todas as outras, mais que merecida.

Na capelinha de Santo Alberte, que é reconhecido como “advogoso” para doenças da fala, celebrou-se o acto académico de recepção do homenageado.

Desde o dia 7 de Novembro de 2009, Isaac já faz parte da alma dos Chairegos.
Uma fonte que nasce ao pé da Capela: é a testemunha secular desta habilidade milagreira. A Igreja aproveitou, sempre, as crenças populares para se instalar no País.

Lá iam os pais com os filhos que tinham algum problema com a fala. Será um sinal dos tempos?

A Capela insere-se no bosque da garganta do río Parga e todo recende lá a água, frouma e natureza em consoante com o murmúrio do rio que já desce em cachoeiras neste limiar da invernia.

Isaac merece esta homenagem e todas as que se lhe façam. Ele levou, sobre as suas costas a tarefa imensa, de lembrar aos esquecidos. De dar justiça onde houve desprezo, de fazer visíveis aos inomináveis, a toda aquela gente que fora punida na repressão franquista por terem ideias de liberdade e de amor a Galiza.

Isaac resgatou também a memoria cultural e estética da Galiza e deu-lhe forma.

Colocando as Cerâmicas de Sargadelos e do Castro de Samoedo no mundo com uma dignidade incomparável e a rendibilidade económica que é necessária para que uma empresa poda gerar riqueza e postos de trabalho para muitos operários, artistas e comerciantes. A Editorial o Castro deu voz a múltiplas escritoras/es que, de outro modo, não teriam sido ouvidos nem escutados.

O Museu Carlos Maside no Castro, guarda formosas peças da pintura actual e de vanguarda galega. Foi a súa uma empresa de gigante.

Carmen Branco, na sua dissertaçao focou o importante papel que teve a Editorial para dar a conhecer a literatura de vanguarda e de opinião, como o é o relativo as minorias, feminismo, libertarias, novas/os criadores...

Ponho em destaque o brilhante alegado de Felipe Sénem que fez um vibrante discurso reivindicando a figura do “pessoeiro”, e pondo o ênfase na injustiça a que está agora submetido: Expulsado do Conselho de administração das empresas que ele mesmo criou, porque há, nesse Conselho, quem considere que os ganhos não são bastantes. Porque a dupla função com que foram concebidas (cultural-reivindicativa, e criadoras de riqueza material) não lhes satisfaz.

A fórmula única, que fez das empresas do grupo Sargadelos um exemplo de rendibilidade e de transmissão cultural era um orgulho para todas/os as galegas/os. Mas não o parece ser para os elementos que compõem, agora, o Conselho de administração do Grupo.

Representava a monstra de que a globalização não tem porque atingir a todas as áreas da sociedade. Tínhamos uma ilha de criatividade original, Galega que era uma resenha, um cartão de apresentação diante do mundo e que nos era tão querido. Quem, na Galiza, não fez um presente com alguma das peças de Sargadelos ou do Castro?. Quem não leu ou comprou livros da Editorial do Castro que não poderiam ser lidos de outra maneira? Quem não assistiu a alguma actividade cultural nos locais que o grupo tem por toda a Galiza?

73 anos após aquela desgraça que supus o Levantamento Nacional contra a legalidade do governo eleito da República vai ser ele, que na altura, e com apenas 16 anos tivera que se agachar para salvar a vida, quem vai ser agora, finalmente, represáliado?
Por isso Isaac é mais que merecedor desta Homenagem e de todas as que o povo da Galiza lhe poda fazer.

Mas não deveríamos ficar apenas por cá. Julgo que deveríamos procurar em nos mesmos/as a força necessária para evitar a catástrofe desta empresa cultural.

A Editorial do Castro poderia ser salvada entre varias pessoas se, unicamente, fosse o seu problema o económico. Esta poderia ser a nossa empresa de Galegas/os comprometidas/os com o nosso país e de pessoas reconhecidas com o Isaac Díaz Pardo. Ele ainda poderia liderar o projecto.

Deixo cair cá a proposição. Não tenho planos mas isso pode elaborar-se caso de haver mais gente com esta preocupação e com esta mesma ideia.

Obrigada Isaac por ter sido um dos Bons e Generosos. É de bem nascidos/as sermos agradecidos/as. Estaremos nos a tua altura?.

Figueroa Panisse, Adela
Figueroa Panisse, Adela


Las opiniones expresadas en este documento son de exclusiva responsabilidad de los autores y no reflejan, necesariamente, los puntos de vista de la empresa editora


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