'Um homem, uma língua, uma patria'
Rivero, Manuel - lunes, 07 de abril de 2025
'Um homem, uma língua, uma patria'
por
María Dores Arribe Dopico (1)
(Na homenagem da Galiza ao Professor Carvalho Calero)
Había uma nação mui nobre, de homens livres
que amavam a sua terra, a vida, a liberdade...
havía naquele povo beleza e harmonía...
e bela e harmoniosa era a lingua que falava.
Os campos e os pinheiros erão verdes,
erão frondosas as carvalheiras e as fragas,
limpas as fontes e viçosas as veigas,
claros o rios e douradas as praias...
E as cantigas dos homens e as rmulheres
na marinha e no monte ressoavam.
Mil pragas, injustiças e miserias
mergulharom o povo na desgraça,
convertendo num arido deserto
aquela terra, outrora rica em agua.
Perdera já os melhores dos seus filhos...
esmoreciam os poucos que ficavam
ou fugiam da patria, estarrecidos...
e esquecíam a lingua que falaram.
As mulheres e os homens tinham sede,
E tinham de beber suor e bagoas.
Na nação livre, á força submetida,
forom surgindo seres predestinados
que, mantendo na noite o facho aceso,
os irmãos, com pericia, vão guiando.
A essa estirpe dos bons e generosos,
de geração em geração á Terra encadeada,
pertencem os melhores dos galegos:
guias do povo ... guardadores da fala...
Levarom-nos ás fontes que dão vida
e soubemos que temos Lingua e Patria.
Na veira-mar em Ferrol, naceu um deles...
e a nossa linguas já leva a sua pegada:
nessa materia é, de todos, pai e mestre.
Carvalho nobre e rejo¡
Resistiche ventos e trovoadas
Sem dobrar-te nunca... sem jamáis torcer-te...
Sempre fiel á Galiza e á sua fala¡
Vas viver para o teu povo eternamente:
por dares vida vas ter a imensa gloria
de ficares, mentres houver Galegos,
imorredoiro, nas paginas da Historia.
Ferrol, mayo 1982.
NOTA:
1. Professora ferrolana, membro de Asociación Galaleda da Lingua (AGAL)

Rivero, Manuel
Las opiniones expresadas en este documento son de exclusiva responsabilidad de los
autores y no reflejan, necesariamente, los puntos de vista de la empresa editora