"Carta, 1983 maio 17, Ferrol, a Carballo Calero Arribe Dopico, Maria Dores
Fala sobre a loita en prol da lingua que se está a levar a cabo. Dille que pensa que non haberá ningún problema en que AGAL publique o libro "Da fala e da escrita" no caso de que Galiza Editora non o faga, pero que están aínda negociando dado que esta última esixe condicións inaceptables. Autógrafo.
AC 112 0088 Biblioteca do Parlamento (c) ARQUIVO CARBALLO CALERO"
A agradável coincidência da data da carta com o Dia das Letras Galegas, que Lola aproveita para testemunhar a sua afetuosa memória e os mais sinceros agradecimentos. É sabido, que nós queremos que os Días das Letras Galegas se realizem durante todo o ano:
É a primeira vez que Lola, com julgamento correto, ousa discordar do D. Ricardo. Esta divergência é precedida pela iniciativa da Sociedade Cultural Medulio de colocar uma placa no local de nascimento do ferrolán de honra, no número 51 da Rúa de San Francisco, actualmente propiedade da Câmara, segue totalmente abandonado, está na mais absoluta ruína:

Lola segue coa esperanza de publicar o libro "Da fala e da escrita", texto que non se puido publicar por ter os dereitos Galiza Editora, e que acabaría por ser publicando nese mesmo ano.
Com respeito a este tema, que se estava volvendo complicado temos a información do professor José Martinho Montero Santalla:
"O livro "Da fala e da escrita" foi publicado somente por Galiza Editora. Como eu fora quem o dactilografei e preparei para a sua publicação (por encomenda do próprio Carvalho Calero) fiz também a apresentação pública com o mesmo Carvalho (tenho fotos desse acto). Eu estava em Roma nesse momento, e não sei qual foi a tentativa de negociação entre a AGAL e Galiza Editora".
Poder estudar a correspondência entre Lola e D. Ricardo é um privilégio e um aprendizagem de grande valor, estou desandando o tempo e refrescando a memória daqueles tempos idos, em que tanto trabalhamos, com tantas dificuldades e obstáculos, apesar das adversidades, seguimos adiante, com humildade, podemos dizer que os resultados alcançados forom dignos, abrimos novos caminhos, sacudimos conciencias e achegamos a nossa lingua ao seu espaço natural.