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Após o rubor do río, Terra

miércoles, 17 de abril de 2002
Rio, mistura de memoria & desejo;
Lima que agita raízes da Galiza
dormente, com chuva de primavera;
rio que nós aconchega
&nós cobre com o esquecimento;
rio por ali abaixo
onde nos sentimos livres;
que raízes crescem em Portugal?
Rio, de adivinhar imagens quebradas;
rio de abrigo onde bate o sol;
de tempo diferente & de amanhecer que enfrenta;
Rio de cabelos molhados no silencio;
rio da Europa que leva alguma coisa às costas;
rio sob nevoeiro pardo de entardecer; río de
ser; rio apoiado nas colunas ornadas
de vides; rio de marfim e vidro colorido;
rio gentil que sua lento, até findar no mar;
rio que rompeu & em que as ninfas partiram
& não deixaram endereços,
rio Lima gentil, que corre lento&
que sabe do arrastar a barriga pelas margens,
& da alva violentada;
Rio de ser & não ser,
como um taxi de água, latejante,
à espera;
rio que se arrastra cansado
& acende a luz, do imprevisto; rio de esplendor
de ouro jónico; rio de ser;
o rio sua; as barcas vão com a maré
que muda; & para sotavento à deriva há
bater de remos & popas de cor dourada;
rio abaixo a ondulação viva de ser;
Rio Lima, não consigo ligar ser com nada;
o nada a arder; e nós Prometeus agrilhoados
do que há de ser rio & vida;
rio Lima gentil, de suar lento;
mistura de memória & desejo,
em rebento.

(Texto extraído de CADERNOS VIANENSES - Tomo 30)
Padrão, João
Padrão, João


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