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Carta aberta ao honorable Isaac Díaz Pardo

jueves, 14 de enero de 2010
Carta aberta ao honorable Isaac Daz Pardo L'homme n'est qu'un roseau...; mais c'est un roseau pensant. Il ne faut pas que l'univers entier s'arme pour l'écraser: une vapeur, une goutte d eau, suffit pour le tuer. Mais, quand l'univers l'écraserait, l'homme serait encore plus noble que ce qui le tue, puisqu'il sait qu'il meurt, et l'avantage que l'univers a sur lui, l'univers n'en sait rien. Toute notre dignité consiste donc en la pensée. C'est de là qu'il faut nous relever et non de l'espace et de la durée, que nous ne saurions remplir (Blais Pascale).

Querido Isaac:
Leio na impressa a nova da tua destituição como Conselheiro Delegado do Grupo Sargadelos que tu crias-te. Foste o único que conseguis-te a difícil empresa de combinar a cultura com os rendimentos económicos. Tudo feito ao serviço duma causa: A Construção dum Pais, Galiza. Levas-te nas tuas costas miúdas todo o peso da responsabilidade da justiça histórica para fazer que aquelas bocas que as bárbaras pistolas fascistas calaram recuperaram a sua voz trazida desde a Longa Noite de Pedra dos anos de Ditadura e de Franquismo. O teu pai Camilo Díaz Valiño a fronte dessa “Alba de Gloria” que tu logras-te construir, sem amarguras sem estridências, só com o teu constante, teimoso e inteligente jeito de fazer. Conseguis-te que, dessa empresa vivesse muita gente, mais de 400 empregados directos e tantas galerias abertas por toda Galiza, Barcelona, Madrid, Milam... A ética e a estética vão juntas e tu demonstras-te-lo franca e claramente. O Património que salvas-te tem um valor que nunca poderá ser calculado nos parâmetros do mundo capitalista em que estamos imersas/os. Historia, Literatura, Pintura, O legado do Laboratório Geológico de Laje de Isidro Parga Pondal, etc... E isso tudo dando trabalho digno na nossa Terra.
Nada que tivesse que ver com a cultura de Galiza te era alheo. Lembro ainda as viagens a Portugal contigo, Mimina, Valentim Paz Andrade e Pilar para divulgar a língua e cultura de Galiza: Conferencia de Valentim e Placa comemorativa repetiram-se em Valença, Viana, Guimarães, e outras vilas do Norte. Na Placa a cita de Viqueira: “A Nossa língua floresce em Portugal”. Ainda fica uma dessas placas ao pé do castelo de Guimarães, perto da capela onde fora baptizado o Rei Afonso Henriques.
Agora o monstro do capitalismo cego, burro e torpe toma conta da tua obra. Não entendem nada, por isso têm que fazerem E.R.E de emprego para os trabalhadores que tu souberas manter por mais de 30 anos ao tempo que construías CULTURA. As alimanhas destroem e não sabem semear. Os seus nomes não passarão à historia. Alguém os lembrará como “aqueles indivíduos que destruíram a maior empresa cultural dos tempos”. Não têm cultura, nem ética: não podem fazer arte.
Quem, na Galiza, não fez um presente com uma peça de Sargadelos ou do Castro?. Orgulhosamente nossas.
Saberão eles o tamanho do que destroem? Começo a minha carta com uma cita de Blaise Pascal que eu estudava no Instituto e que nunca esqueci. Terão eles a categoria de SERES HUMANOS? Ou Serão unicamente legados dos “Dragões do Edem” que cita Carl Sagam no seu famoso estudo acerca da herdança reptiliana ou complexo R?. Todavía, não esqueçamos que, como diz o Cientista, o Neocortex ou cérebro inteligente representa, ainda o 85% da sua massa. Tenhamos esperança na espécie humana. Não todos os seus elementos são destrutores.
Meu querido e admirado Isaac. Afirmo que o povo galego é-te devedor. Os que lutam pela liberdade são os teu devedores. A II Republica Espanhola é a tua devedora.
O Mundo da Cultura procurou dar-te a honra que mereces em múltiplas homenagens. Eu, como galega e como pessoa são a tua devedora.
A Segismundo García, Javier Remeseiro, e outros direi-lhes o que nos diziam nas casas de pequenos: “A avaricia rompe o saco”, ou aquilo mais galego: “A cabra com o vicio dá com os cornos no cu”.
O Governo galego deveria dar comprimento à petição que apresentou teu filho Camilo Díaz Castro para guardar todo esse legado cultural que tu salvas-te na Fundação Díaz Pardo. E todas/os os galegas/os apoia-lo iríamos.
Figueroa Panisse, Adela
Figueroa Panisse, Adela


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