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viernes, 16 de mayo de 2008
A Conselheria de Sanidade vem de promover uma Lei “sobre drogodependencias e outros transtornos aditivos”, na que pretende incluir o vinho. A cousa sería pavera se nom resultase contraposta a toda a realidade social e cultural do mundo occidental, gravemente prejudicial para um sector económico fundamental e anómalo fronte a retirada que o Ministerio de Sanidade fizo da mesma ou semelhante proposta ante o rejeitamento social que provocou.

Resulta importante distinguir entre vinho e alcool. O vinho é o producto da uva, é o resultado da fermentaciom do zumo das uvas, sem adición de nenguma substancia. O alcool é produto da destilazóm. O vinho aparece em toda a historia da humanidade pois, segundo testemunhas arqueológicas realizadas na Armenia, as primeiras noticias da sua producçom e consumo som da época do Neolítico (pelo 5.400 a.C.); há investigadores que remontam a sua arigem nas costas mediterráneas a um milhom de anos; o historiador Hesiodo, em “Os trabalhos e os dias” (sec. VIII a.c.) fala do cuidado da vinha, da vendima e do prensado das uvas, o mesmo que existem noticias da elaborazóm do vinho no Oriente Medio e China 4.000 anos a.C. e no Egipto faraónico (1.200 a.C.); a Biblia tem mais de 200 referencias ao vinho e da sua importancia e consideraçóm como elemento saudavel da noticia que o primeiro milagre de J.C. foi convertir a agua em vinho e posteriormente elegilo como representazóm do sangue divino e parte esencial do ritual do culto cristiano, que ajudou ao desenrolo da viticultura especialmente a través dos mosteiros, ainda que tambem o impulsaron emperadores como Julio Cesar ou Octavio Augusto.

Nese longuísimo periodo de tempo da nossa historia e da nossa protohistoria o vinho estivo presente nos diversos povos e socialmente foi consumido e apreciado sem diferencia de clases sociais. Estivo presente em todas as festas e reunións populares, sendo muito considerado pola alta sociedade, testemunha inelutavel de todo acontecemento trascendente familiar, social ou politico; integrou a dieta de todos os trabalhadores, por constituir fonte de energia perfecta e facilmente asimilavel polo orgaismo que utiliza as calorias que proporciona no mantemento geral e no vigor muscular.

Nesta tradizom, a Lei do Vinho de Andalucia define e considera o vinho como um alimento. O vinho contem diversas vitaminas que, ainda que em cantidades moderadas, complementan as necessidades vitamínicas diarias e fam posivel uma menor incidencia das enfermedades cardiovasculares e de diferentes tipos de cancro, em relazóm com os países nórdicos, favorece o sistema circulatorio (inibe a formaçom de trombos), disminue o colesterol mau e a glucosa depois das comidas, e o vinho tinto posue ademais substancias antioxidantes. Certo que o abuso é contraproducente e perigoso e pode provocar adición, mas tambem provoca adicióm o chocolate ou o café, o té, etc. Se abusar do seu consumo Investigadores tam importantes como Grande Cobian ou Severo Ochoa aconselhavam a ingesta de um vaso de vinho nas comidas.

De todos jeitos, antes de demonizar o vinho temos que reflectir que a meirande parte dos excesos, adicions, etc. producidos pola ingesta de alcool nom tenhem seu origem no vinho senom nos destilados. No “Botelhón” há todo tipo de licores, mas nom se atopa nem uma garrafa de vinho. Temos que diferenciar.

Alem disso, o do vinho é um sector económico de peso muito importante nom só na Galiza que tambem em todo o mundo. Para a nossa economía suporía um tremendo pau a imagem que daría a inclussóm do vinho como substancia adicticia. O abuso do vinho pode ter consequencias, mas nos o que propugnamos é o uso moderado e saudavel, circunstancia que nom é pregoavel da “coca” nem da “heroina” ou do “éxtase”. O que precisa o vinho e a vinha é uma normativa propria e actual (a existente fica desfasada) num sector produtivo que alias o seu peso nas economias particulares e na economía do país, tem efectos sobre o medio amiente e na fixazom povoacional no medio rural.

Queremos confiar no bom senso do Governo galego, nas liçoes que nos deu a retirada de lei semelhante polo Governo do Estado, no prejuiço económico que a equiparazom ocasionaría (sem ventaxa adicional alguma), na propria considerazóm de alimento saudavel que tem reconhezido... e que se exclua o vinho de esa norma, para ele totalmente inadecuada, como é a “Lei sobre drogodependencias e outros tratornos aditivos” ; e que nos deixem seguir disfrutando de este companheiro que proporciona alegria ao corazóm e solaz para o espiritu.
Barxa, Nemesio
Barxa, Nemesio


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