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Meu 'discursinho'

jueves, 14 de septiembre de 2017
Meu 'discursinho' Quando li, por primeira vez o texto bastante conhecido do grande mineiro, o escritor Fernando Sabino, "Ser mineiro", imediatamente me identifiquei com ele. O texto de Fernando Sabino podia aplicar-se ao pé da letra, aos nascidos em Galícia, região da Espanha onde eu nasci. E eu, então, me senti mineiro.

E quando cheguei por primeira vez a Juiz de Fora, em 1971, logo me senti atraído por JF e me senti juizforano e, sem desprezar os outros bairros, me encantei com São Mateus, ao qual pertencia então o Colégio dos Jesuítas. Me encantei.com seu jeito interiorano, com suas domésticas de luxo, com suas lojinhas, com sua gente, etc., etc. Esta sensação se confirmou quando retornei em 2002. E a coroação desta sensação veio com este Título de Cidadão Honorário de JF.

Evidentemente, ser cidadão honorário de JF não implica deixar de ser cidadão da aldeazinha da Espanha em que nasci. Uma aldeazinha de nome "Sabucedo" que significa "lugar de sabugueiros", planta medicinal, ainda muito abundante. E manadas de cavalos selvagens, vivendo livremente nas montanhas vizinhas.

Não! Ser cidadão honorário de JF não implica deixar de ser cidadão da aldeazinha da Espanha em que nasci.

O escritor russo Fyodor Dostoyevsky escreveu: "Aquele que abriu mão de sua terra natal, abriu mão de seu deus".
Agora tenho dois "deuses" e não vou abrir mão deles!

E os índios dos Pampas argentinos faziam esta prece: "Terra minha, terra onde eu nasci, não se afaste de mim. Não me falte, por mais longe que eu for".

Eu posso repetir a mesma coisa só que, agora, em plural:
"Terras minhas, terras onde eu nasci, não se afastem de mim. Não me faltem, por mais longe que eu for".

Quero aproveitar este momento também para recordar uma pessoa que, sem o saber nem ela nem eu, fez que eu chegasse a JF. Pe. João Bosco Penido Burnier, jesuíta e juizforano, cuja família muito ajudou na fundação do Colégio dos Jesuítas nesta cidade. Foi ele que, terminados seus estudos na Espanha, fez um convite aos jesuítas mais jovens, ainda estudantes, para vir para o Brasil. Vários nos oferecemos e eu fui um dos três escolhidos. Foi ele também que nos chamou e foi ele que nos esperou no porto do RJ. Infelizmente o Pe. Burnier, como era conhecido, foi assassinado no Mato Grosso, quando cumpria sua missão.

E para terminar, uma Mensagem pedida por uma aluninha que me disse, quando soube que eu viria a esta Câmara: Vai contar uma historinha? E eu prometi! E aqui está a historinha titulada "A metade, o dobro e o triplo".

Um ocidental em visita a China, ficou surpreso de ver a quantidade de velhos saudáveis, e curioso a respeito da milenar medicina chinesa, indagou de um experiente médico qual o segredo para se viver mais e melhor. Ouviu do mesmo a sábia resposta:
- É muito simples: É só comer a METADE, andar o DOBRO e rir o TRIPLO.

E agora, um recado para os professores e professoras de Geografia: Juiz de Fora tem, a partir de hoje, mais um habitante, recém nascido, crescidinho, mas... com coração de criança!

OBRIGADO!!!

(Palabras do galego Pepe Cabada ao ser investido Cidadão Honorário de JF no Brasil).
Cabada, Pepe
Cabada, Pepe


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